Você sabe o que é Gestação Anembrionária?
A gestação anembrionária acontece quando o óvulo fertilizado se implanta no útero, mas o embrião não chega a se desenvolver. Cercado de frustrações, o chamado ovo cego, só é percebido na primeira ultrassonografia, por volta das 5 semanas. A imagem do saco gestacional vazio, sem embrião, o silêncio da falta de um coração batendo forte traz à tona as piores sensações. Hoje nosso post vai falar mais sobre a gestação anembrionária, que acaba resultando em um aborto natural ou um procedimento cirúrgico para retirar o ovo do útero.
Entenda a Gestação Anembrionária
Quando o óvulo é fecundado pelo espermatozoide, ele começa a se dividir e forma uma massa, que se divide em dois. Uma cuidará de preparar o espaço para abrigar o bebê, como placenta, saco gestacional e anexos. A outra, formará o embrião em si. “Às vezes, porém, ocorre uma falha genética durante a união dos gametas. Por isso, o embrião não se desenvolve, embora o útero tenha se preparado para acolhê-lo” – afirma Alberto D’Áuria, obstetra do Hospital Maternidade Santa Joana, de São Paulo, em entrevista ao Bebê.com.br.
É muito importante salientar, no entanto, que este acontecimento pode acontecer com qualquer mulher, e a maioria pode tranquilamente ter outras gestações normais.
A gestação anembrionária não é percebida antes da ultrassom. Sonolência, sensibilidade nos seios, enjoos e outros sintomas de gravidez vão diminuir aos poucos, mas não antes do primeiro ultrassom. É neste exame que o médico mede o saco gestacional e aguarda até que ele tenha cerca de 20 mm para confirmar o diagnóstico, ou atestar que a gestação tem menos tempo do que imaginava.
- Ultrassonografia de uma gestação normal com 12 semanas. O preto ao fundo é o saco gestacional, e o branco, o bebê.
- Ultrassonografia de uma gestação anembrionária na 12ª semana. Apenas se vê o preto do saco gestacional, sem bebê.
Apesar de ser comprovado que 15% das primeiras gestações não vão adiante, o fator idade influencia nas alterações genéticas, principalmente relacionadas às gestações anembrionadas. E não é somente a idade da mulher. Estudos afirmam que, após os 40 anos, os espermatozóides do homem estão mais sujeitos a problemas genéticos.
O uso do ácido fólico cerca de dois meses antes de começar as tentativas de engravidar ajudam a evitar malformações e acidentes genéticos.
O que fazer após a confirmação do diagnóstico
O ideal é esperar que o próprio corpo reconheça que a gestação não poderá seguir em frente, e expulsar espontaneamente os tecidos em um aborto natural. Mas é essencial que o médico perceba o estado psicológico da mulher antes de tomar qualquer decisão.
Além de aguardar a expulsão natural, outras alternativas envolvem procedimentos cirúrgicos simples para limpar o interior uterino como a AMIU (Aspiração Manual Intra-Uterina) ou curetagem – uma espécie de raspagem das paredes do útero – ou até o uso de medicações específicas, em ambiente hospitalar, para estimular as contrações uterinas.
Depois que todo o processo foi feito, e seu médico já te liberou para novas tentativas, não precisa ficar apreensiva! A gestação anembrionária geralmente é um caso isolado, que acontece por conta de um erro na fecundação e não costuma se repetir. Nos raros casos recorrentes, seu médico investigará o conjunto de cromossomos do casal, chamado de cariótipo. O ideal é aguardar o próximo ciclo menstrual e recomeçar as tentativas normalmente!
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